Consultas de ginecologia: o que não pode (mesmo) esconder!

Mentir em consultas de ginecologia é uma coisa feia… e perigosa! Pode ser um recurso para “salvar” o seu presente, mas condena o futuro. Porém, muitas mulheres (é o seu caso?) omitem informações importantes sobre a sua saúde, sexualidade e hábitos de vida, conduzindo os ginecologistas a diagnósticos errados. Não arrisque! O seu contributo é crucial e, acredite ou não, o seu médico já ouviu de tudo!

O que não pode esconder em consultas de ginecologia

O exame de papanicolau (colpocitologia) não diz tudo! Permite detetar infeções ou lesões e fazer o rastreio do cancro do colo do útero, mas não possibilita um diagnóstico precoce sobre outro dano nos órgãos reprodutores nem um conselho sábio para evitar problemas de saúde. Por isso, conheça a lista com as principais informações que não deve esconder em consultas de ginecologia!

  • Antecedentes familiares

Só acontece aos outros? Olhe que não! Por isso é importante não esconder doenças e problemas de saúde dos seus familiares diretos, como cancro da mama, diabetes, depressões, abortos espontâneos, etc. Muitas vezes é através do histórico familiar que o seu ginecologista consegue detetar, diagnosticar e tratar um problema atempadamente.

  • Toma de medicamentos

Se toma algum tipo de medicamento todos os dias, informe o seu ginecologista de modo que nenhuma outra medicação que ele lhe possa subscrever interfira com o que já foi receitado.

A ausência de menstruação, bem como a menstruação irregular ou intensa, deve ser um assunto a discutir nas consultas de ginecologia. Obviamente que a gravidez é o primeiro motivo para a menstruação não fazer a sua visita habitual, mas não é o único! Stress, perda ou excesso de peso, exercício físico intenso, menopausa e até síndrome do ovário poliquístico, cancro do endométrio, pólipos ou hiperplasia podem estar por detrás de um período ausente, irregular ou muito intenso… e a deteção precoce é crucial para o tratamento rápido e eficiente!

  • Data da última menstruação

Está grávida, mas não quer revelar a data da última menstruação? Não vamos aqui emitir juízos de valor sobre os motivos que a podem levar a mentir, mas uma coisa é certa: as ecografias têm elevado grau de fiabilidade. Desta feita, não vale a pena tentar induzir em erro o seu ginecologista, até porque isso pode implicar um diagnóstico incorreto para si e para o seu bebé.

  • Aborto

Espontâneo ou não, qualquer aborto deve ser mencionado nas Consultas de Ginecologia porque é uma situação que causa impacto no seu organismo e sistema reprodutor.

  • Dor durante a relação sexual

Leu o estudo publicado na vista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar que diz que 40% a 70% das mulheres portugueses sente dor no ato sexual? Então já sabe que não está sozinha, mas isso não significa que possa esconder esta informação ao seu ginecologista. A dispareunia (assim se chama!) impede o prazer sexual e por isso a sua causa deve ser determinada para definir um tratamento adequado. Pode-se tratar de uma causa psicológica relacionada com stress, mas esse desconforto também pode ter uma explicação física e relacionada, por exemplo, com falta de lubrificação vaginal, infeção vaginal e pélvica, alterações do útero e ovários ou vaginismo, uma condição em que as paredes vaginais se contraem de forma dolorosa e impedem a penetração.

  • Incontinência urinária

Pode ignorar uma perda de urina quando tosse ou quando demora algum tempo a encontrar uma casa de banho? Não! É verdade que cerca de 33% das mulheres acima dos 40 anos tem sintomas de incontinência urinária – segundo dados da Associação Portuguesa de Urologia – mas o seu ginecologista precisa de tomar conhecimento disso. A fragilidade dos músculos da bexiga pode ter uma explicação óbvia e relacionada com o envelhecimento, gravidez ou parto, mas também pode estar relacionada com o excesso de peso, entre outros fatores que devem ser conhecidos para se tratar ou pelo menos evitar a evolução do problema, seja através de exercícios para fortalecimento do pavimento pélvico, fisioterapia, medicamentos ou cirurgia.

  • Práticas sexuais

O sigilo profissional impede qualquer médico de divulgar as informações facultadas durante as consultas de ginecologia. Logo, não tenha receio de abordar as suas práticas sexuais, especialmente se mantém relações sexuais desprotegidas com parceiros diferentes, sim? Muitas doenças sexualmente transmissíveis podem ser travadas se detetadas a tempo e horas.

  • Homossexualidade

O que é que o seu ginecologista tem a ver com a sua orientação sexual? Tudo! A sua vida sexual é importante para a sua saúde, e não caia no erro de pensar que mulheres lésbicas não contraem doenças sexualmente transmissíveis porque estas podem acontecer no contato com pele, mucosas, fluídos vaginais, sangue menstrual e partilha de acessórios.

  • Tabagismo

Sabia que o simples facto de fumar pode influenciar a escolha do método contracetivo? É verdade, este e outros hábitos de vida (como consumo de álcool e drogas) devem ser referidos nas consultas de ginecologia também, porque podem ajudar na indicação do melhor contracetivo, sim, mas também auxiliar no diagnóstico e tratamento mais indicado para algum problema de saúde.

  • Ansiedade

Sente-se nervosa ou ansiosa? Cansada e irritada? O cabelo começou a cair e tem dificuldade em dormir? Fale já com o seu ginecologista! Estes desequilíbrios hormonais podem repercutir-se na sua saúde e qualidade de vida, e por isso precisam de ser travados, com medicação ou com a simples alteração de hábitos de vida.

Pela sua saúde! Há informações que não pode esconder nas consultas de ginecologia e aqui no Espaço Mulher temos todo o gosto em ouvi-las! Consulte-nos!

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